Um artigo publicado essa semana no jornal americano L.A.Times, assinado por Rick Doblin, fundador da nossa parceira @mapsnews, e por Jennifer Altman, co-fundadora do Stanford Psychedelic Science Group, resolveu fazer a pergunta acima. Com resultados cada vez mais promissores em estudos clínicos e um número crescente de interessados em psicodélicos, será que os profissionais da área da saúde estão prontos para cuidar de quem ingere essas substâncias? Para os autores, a resposta é um “não” estrondoso.
O argumento principal é que pouco importa se psicodélicos já estão legalizados ou não – as pessoas estão se interessando pelo assunto e começando a ingeri-los por conta própria. Os autores lembraram de duas pesquisas recentes para ressaltar que o número de interessados em psicodélicos só tende a crescer.
A primeira, que deu MDMA a voluntários que sofriam de estresse pós-traumático e mostrou que dois terços deles haviam se curado dois meses depois. A outra, que prescreveu psilocibina (o princípio ativo dos cogumelos mágicos) para pessoas que sofriam de depressão e ansiedade por consequência de terem sido diagnosticadas com doenças gravíssimas. Nessa, 80% dos pacientes haviam registrado melhoras significativas seis meses depois.
Doblin e Altman ressaltam que psicodélicos não são tóxicos e geralmente não causam reações adversas perigosas – mas que podem gerar experiências emocionais intensas, positivas e negativas. Essas substâncias podem também causar surtos psicóticos em quem tiver predisposição. Por tudo isso, é essencial que médicos saibam com o que estão lidando quando seus pacientes ingerirem psicodélicos.
A solução para esse impasse é treinamento e ações educativas voltadas a médicos e profissionais da saúde. Foi para atender justamente a essa demanda que o Instituto Phaneros também criou o seu próprio curso, aqui no Brasil: Psicodélicos e Saúde Mental. Entre no nosso site e matricule-se já!