Revista americana chama a psilocibina de “a maior revolução psiquiátrica desde o Prozac”

instituto phaneros

Uma das mais tradicionais revistas semanais de notícias dos EUA, a @newsweek, dedicou a capa da edição de 22 de setembro de 2021 aos cogumelos mágicos. Estampado em letras garrafais, ao lado de fotos de nove cogumelos, lê-se o título “Um novo tratamento para a depressão”. E, se ainda restava dúvidas sobre a empolgação da publicação com o assunto, o autor, Adam Piore, é ainda mais enfático no texto: diz que a psilocibina (o princípio ativo desses cogumelos) poderá se revelar o maior avanço para a saúde mental desde a invenção do Prozac.

A revista acompanhou um dos voluntários de uma pesquisa feita na Universidade Johns Hopkins e publicada no ano passado na revista JAMA Psychiatry. Nela, Aaron Presley, de 34 anos, que por anos sofreu de uma depressão tão grave que o impossibilitava de sair da cama, recebeu dosagens altas de psilocibina acompanhadas por psicoterapia. Durante os efeitos da substância, ele teve visões de si durante a infância e se sentiu amado como há muito não o fazia. Depois da experiência, sua depressão regrediu consideravelmente. Esse mesmo estudo concluiu que a psilocibina era quatro vezes mais eficiente do que os antidepressivos tradicionais. 

De um modo geral, a revista traz um grande apanhado da história dos psicodélicos – de seus usos tradicionais em comunidades indígenas ao redor do mundo, ao boom de usuários recreativos no Ocidente que acabou levando à proibição dessas drogas, até chegar aos dias atuais, em que essas substâncias passaram a ser vistas como a grande promessa da psiquiatria. 

Boa parte da reportagem é dedicada a entender os efeitos dos psicodélicos no nosso cérebro. Entre eles, a maneira como são capazes de dissolver a percepção de ego e também a teoria de que essas substâncias seriam capazes de reprogramar as conexões cerebrais ou literalmente regenerar neurônios.

O destaque dado pela Newsweek ao assunto é mais um momento importante na mudança de atitude das pessoas em relação a essas substâncias. As informações contidas na reportagem, no entanto, você, que acompanha o trabalho do Instituto Phaneros, já deve conhecer há tempos 😉