Esta semana na FoPAP: Música, por favor!

instituto phaneros

A primeira turma da nossa Formação em Pesquisa com Psicoterapia Assistida por Psicodélicos (FoPAP) já está avançando a pleno vapor. Esta semana, os alunos começarão a desenvolver um trabalho sobre uma questão essencial dentro das PAPs: a música.

Na aula desta quinta-feira, 17/03, Eduardo Schenberg, PhD, neurocientista, e Thales Caldonazo, físico e psicólogo, darão o pontapé inicial para que cada aluno desenvolva uma playlist que possa ser usada para auxiliar uma sessão de PAP. A atividade se estenderá por três aulas, e a ideia é que os alunos terminem os encontros com uma playlist de 7 horas finalizada, que será construída coletivamente, com os comentários e sugestões dos colegas.

Serão discutidos que tipos de músicas são mais adequadas para estimular uma experiência psicodélica favorável para a terapia – assim como as menos indicadas. Saber calibrar a ordem e a intensidade das músicas para que conversem com o ponto da experiência psicodélica é outro desafio encontrado na hora de desenvolver playlists para esse fim. Os diretores irão explicar também quais os melhores equipamentos de som para o momento.

A música é parte crucial de uma sessão de PAP – tanto que alguns especialistas a chamam de “o terapeuta oculto” da ciência psicodélica. A trilha sonora pode influenciar o clima da experiência, estimular memórias nos pacientes e até mesmo ter impactos sobre a eficácia dos tratamentos. No geral, preza-se que a trilha sonora seja mais ou menos uniforme para todos os participantes, embora os pacientes possam pedir para incluir músicas que sejam relevantes para o seu desenvolvimento como pessoa ou que tenham marcado momentos de suas vidas.

A FoPAP oferecerá, ao longo de 18 meses, atividades individuais e em grupo, online e presenciais, incluindo aulas teóricas, apresentação de casos clínicos, role-play, leituras e produção de material intelectual reflexivo sobre aspectos teóricos e práticos da Psicoterapia Assistida por Psicodélicos. O objetivo é capacitar profissionais de saúde que participarão de estudos clínicos e colaborarão com pesquisas científicas sobre o assunto.