instituto phaneros

Nova substância sintética perigosa está sendo vendida como LSD na Austrália

instituto phaneros

Quem ingere substâncias sintéticas obtidas por vias ilegais muitas vezes não sabe o risco que está correndo: aquilo que se recebe raramente corresponde ao que foi comprado. Agora, o departamento de saúde do estado australiano de Victoria lançou um aviso: uma nova droga sintética em forma de pó está sendo vendida no mercado ilegal como LSD – e está causando uma série de internações e casos graves de intoxicação.

A substância, chamada 25B-NBOH, tem propriedades estimulantes e psicodélicas, e assemelha-se a outra, chamada de “nova feniletilamina”, ou 25B-NBOMe. A nova versão, no entanto, parece ser mais turbinada. Sua lista de efeitos é enorme e inclui: visões distorcidas, alterações de pensamento, náusea, dor de cabeça, dificuldade de urinar e movimentos involuntários. Em casos extremos, leva a convulsões, agitação extrema, danos aos rins, aumento perigoso da temperatura corporal e morte, alertam as autoridades australianas.

A 25B-NBOH é especialmente perigosa por ser extremamente potente: bastam pequenas doses para que os efeitos apareçam. Já foram registrados diversos casos de internações hospitalares em Victoria por conta dela. 

Não é comum que o LSD seja vendido em forma de pó, embora aconteça. O Departamento de Saúde de Victoria alerta que a 25B-NBOH é mais nociva quando inalada, injetada ou ingerida de forma sublingual – e que misturá-la com outros estimulantes, como o MDMA, é ainda mais perigoso. Para todos os casos, a agência recomenda que a população esteja ciente de que possa estar ingerindo 25B-NBOH no lugar de LSD, e que nunca comece ingerindo substâncias sintéticas em doses altas. 

instituto phaneros

Pesquisa aponta: Brasil tem a pior política de drogas do mundo

instituto phaneros

Uma pesquisa inédita, feita pela primeira vez com 30 países, indicou: o Brasil possui a pior política de drogas do mundo. O Global Drug Policy Index foi publicado no domingo, 8 de novembro, e aponta que o nosso país foca muito mais na repreensão ao tráfico e consumo de drogas do que nos impactos que elas causam na saúde pública.

Com o resultado, o Brasil ficou atrás de países como Uganda, Afeganistão e até a Indonésia, onde o tráfico de drogas pode levar à pena de morte. Na ponta do ranking estão os campeões de sempre: Noruega, Nova Zelândia e Reino Unido. Portugal também está entre os líderes, em terceiro lugar, uma vez que, por lá, o sistema de controle de drogas fica inserido no de saúde pública. 

A pesquisa organizada pelo projeto Harm Reduction Consortium deu pontuações de 0 a 100 para critérios como descriminalização de substâncias, a existência de pena de morte, políticas de redução de danos e a proporcionalidade entre os crimes e as penas. Somando todos os critérios, ficamos com apenas 26 pontos no total, contra Uganda (28 pontos) e Indonésia (29).

De fato, o Brasil, como sua guerra violenta e infrutífera contra o crime organizado, assim como o encarceramento em massa (principalmente da juventude negra e pobre) por porte de drogas em pequenas quantidades, além de cadeias superlotadas e com abusos de direitos humanos, está longe de servir de exemplo.