University College London e Instituto Phaneros: além da neuroimagem

instituto phaneros

O encontro do presidente do Instituto Phaneros, Eduardo Schenberg, PhD, com representantes da universidade britânica UCL (University College London) foi frutífero. Eduardo foi à capital inglesa na semana passada para acertar os detalhes do projeto de pesquisa sendo elaborado pelas duas instituições – e voltou de lá cheio de novidades.

A principal delas diz respeito ao foco do estudo: as pesquisas em neuroimagem para observar os efeitos da psicoterapia assistida por psicodélicos (PAP) sobre o cérebro humano. Para além das imagens, Eduardo e seus colegas pretendem também estender o escopo metodológico, possivelmente incluindo análises de áudio e vídeo. A ideia é observar o discurso dos pacientes durante as experiências. Isso inclui, por exemplo, analisar os tipos de palavras utilizadas, a maneira como estruturam suas sentenças, o tom e as emoções contidas na voz. 

Outra novidade sendo debatida é a possibilidade de incluir modernos aplicativos de acompanhamento de longo prazo para os voluntários. Esse tipo de ferramenta é útil para compilar dados de comportamento, humor e emoções dos participantes por meses após as sessões de psicoterapia. O importante é que esses aplicativos – que já são usados pela UCL em outras pesquisas – garantam a confidencialidade dos dados e dos pacientes por meio de criptografia avançada.

Para que seja feita a coleta da neuroimagem no Brasil, o Instituto Phaneros também está em negociações avançadas com um importante centro de pesquisa brasileiro, com o qual também será organizado um evento conjunto, possivelmente em junho, com as verbas já concedidas pelo Global Engagement Fund da UCL.

O UNITy-Project (ou Understanding Neuroplasticity Induced by Tryptamines) da UCL anunciou a parceria com o Phaneros em 26 de janeiro de 2022 com destaque para o trabalho do Instituto e, em especial, para a carreira de Eduardo. “Eduardo Schenberg traçou um caminho acadêmico sólido na interface entre psicologia, psiquiatria e neurociências. Agora é trabalhar para a nova proposta de financiamento cobrir os vários custos destes estudos!