Já contamos aqui o caso dos pacientes terminais nos EUA que estão processando o Ministério da Justiça e o Drug Enforcement Administration (DEA), o órgão que combate o tráfico de drogas por lá, pelo direito de ingerir psilocibina na fase final de suas vidas. Juntamente com seus médicos, duas mulheres esperam poder ingerir legalmente o princípio ativo dos chamados cogumelos mágicos para ajudar a aliviar a ansiedade e a depressão que costumam vir junto com uma doença incurável. O DEA, no entanto, recusou a demanda.
No começo de maio de 2022, as pacientes, juntamente com um grupo de ativistas, resolveram dar mais um passo rumo às suas reivindicações. Para isso, organizaram um protesto na frente da sede do DEA. Os ativistas soltaram bombas de fumaça colorida, colaram cartazes e escreveram mensagens de protestos nos muros e janelas e tiraram as bandeiras de sinalização do edifício. Como era esperado, a polícia foi chamada.
As autoridades não detiveram os manifestantes imediatamente. Em vez disso, tentaram negociar com oficiais do DEA uma possível negociação com os ativistas, o que também foi negado. Depois de um debate de horas, a polícia acabou algemando e prendendo 16 ativistas.
Kathryn Tucker, a advogada de Erinn Baldeschwiler, uma das pacientes terminais que estão processando o DEA, também estava no protesto. “Estamos aqui para exigir que o DEA abra um caminho para o acesso. Nenhum paciente terminal deveria sofrer de ansiedade e depressão debilitantes, quando existem alternativas para isso”, disse ela ao portal Marijuana Moments. “É incompreensível que alguém possa negar esse tipo de alívio para um paciente que está morrendo.”
Outro manifestante presente era David Bronner, CEO de uma marca de cosméticos naturais, a Dr. Bronner’s Magic Soaps, e notório ativista pela legalização das drogas. “Não estamos aqui pedindo pela compaixão do DEA, estamos exigindo que sigam precedentes legais”, disse.
Atualmente, diversos estados americanos estão flexibilizando suas regulamentações em relação aos psicodélicos.