Esta semana, a turma da Formação em Pesquisa com Psicoterapia Assistida por Psicodélicos (FoPAP) dará continuidade à atividade iniciada no encontro da semana passada: a criação de uma playlist para acompanhar uma sessão de Psicoterapia Assistida por psicodélicos.
Na aula desta quinta-feira, 24/03, Eduardo Schenberg, PhD, neurocientista, e Thales Caldonazo, físico e psicólogo, vão receber os trabalhos iniciais dos alunos, que serão então ouvidos e discutidos em grupo. A ideia é que a própria turma pondere e sugira melhorias ao trabalho, em uma construção coletiva. O objetivo é que cada participante termine o módulo de música com uma playlist de 8 horas finalizada.
Saber calibrar a ordem e a intensidade das músicas para que conversem com o ponto da experiência psicodélica é o desafio encontrado na hora de desenvolver playlists para esse fim.
A música é parte crucial de uma sessão de PAP – tanto que alguns especialistas a chamam de “o terapeuta oculto” da ciência psicodélica.
A trilha sonora pode influenciar o clima da experiência, estimular memórias nos pacientes e até mesmo ter impactos sobre a eficácia dos tratamentos. No geral, preza-se que a trilha sonora seja mais ou menos uniforme para todos os participantes de uma pesquisa, embora os pacientes possam pedir para incluir músicas que sejam relevantes para o seu desenvolvimento como pessoa ou que tenham marcado momentos de suas vidas.
A FoPAP oferecerá, ao longo de 18 a 24 meses, atividades individuais e em grupo, online e presenciais, incluindo aulas teóricas, apresentação de casos clínicos, role-play, leituras e produção de material intelectual reflexivo sobre aspectos teóricos e práticos da Psicoterapia Assistida por Psicodélicos. O objetivo é capacitar profissionais de saúde que participarão de estudos clínicos e colaborarão com pesquisas científicas sobre o assunto.