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Esta semana na FoPAP: trilhas terapêuticas

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Esta semana, a turma da Formação em Pesquisa com Psicoterapia Assistida por Psicodélicos (FoPAP) vai encerrar a atividade iniciada há duas semanas: a criação de uma playlist para acompanhar uma sessão de Psicoterapia Assistida por psicodélicos. 

Na aula desta quinta-feira, 31/03, Eduardo Schenberg, PhD, neurocientista, e Thales Caldonazo, físico e psicólogo, vão supervisionar o processo de feedback e ajustes das listas criadas pelos alunos. No encontro passado, cada participante recebeu a playlist de 3 colegas e passou a semana avaliando anonimamente o trabalho dos outros. É com base nesse feedback que a turma chegará às 50 playlists finais. A ideia é que cada participante termine o módulo de música com uma programação musical de 7 horas.

Saber calibrar a ordem e o clima das músicas para que conversem com o desenrolar da experiência psicodélica é o desafio encontrado na hora de desenvolver as playlists. A música é parte crucial de uma sessão de PAP – tanto que alguns especialistas a chamam de “o terapeuta oculto” da ciência psicodélica. A trilha sonora pode influenciar o clima da experiência, estimular memórias nos pacientes e até mesmo ter impactos sobre a eficácia dos tratamentos. 

A FoPAP oferecerá, ao longo de 18 a 24 meses, atividades individuais e em grupo, online e presenciais, incluindo aulas teóricas, apresentação de casos clínicos, role-play, leituras e produção de material intelectual reflexivo sobre aspectos teóricos e práticos da Psicoterapia Assistida por Psicodélicos. O objetivo é capacitar profissionais de saúde que participarão de estudos clínicos e colaborarão com pesquisas científicas sobre o assunto.

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Quais são os limites éticos da Psicoterapia Assistida por Psicodélicos?

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Você já cansou de saber que cada vez mais estudos sérios – que seguem os mais rigorosos métodos científicos e são regulados pelas agências de pesquisa dos países mais desenvolvidos do mundo – apontam para a eficácia das Psicoterapias Assistidas por Psicodélicos (PAPs) para tratar transtornos mentais. Mas, à medida que esse tipo de investigação se populariza ao redor do mundo, junto com ela, começam a surgir questões éticas importantes.

Nas PAPs, o paciente ingere psicodélicos – sejam eles MDMA, LSD, psilocibina, ketamina – dentro do consultório, acompanhado por terapeutas especializados que irão guiá-lo e confortá-lo ao longo da experiência alucinógena. É uma prática terapêutica diferente das tradicionais, que pode incluir um suporte emocional mais enfático e até algum tipo de contato físico – um aperto de mão, um abraço – quando necessário. Isso se dá porque, muitas vezes, o paciente sob efeitos de alucinógenos pode estar se deparando com memórias vívidas de traumas ou experiências dolorosas do passado.

Recentemente, porém, surgiram denúncias de pacientes que se sentiram desconfortáveis e até mesmo abusados pelos seus terapeutas devido a algum toque físico ocorrido durante uma viagem psicodélica, ou em sessões auxiliares sem ingestão da substância. Há regras que guiam que tipo de suporte pode ser fornecido: jamais com cunho sexual, evidentemente, e apenas aqueles pré-autorizados pelos pacientes antes da experiência. A parte delicada, no entanto, acontece durante a sessão: é possível que um paciente que não tenha autorizado nenhum tipo de contato físico, acabe pedindo esse tipo de interação no meio de uma experiência psicodélica mais desafiadora. O que, então, o terapeuta deve fazer nesses casos?

É esse o desafio que cientistas e psicólogos terão daqui em diante. Como delimitar guias éticos que sejam satisfatórios e ainda assim acolhedores para as pessoas em tratamento? Entender que o self e a identidade das pessoas é fluida, e se altera dentro de diferentes condições pode ser um caminho. Mas – como tudo que envolve os novos tratamentos psicodélicos – há muito o que ser discutido ainda.

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Esta semana na Comunidade Phaneros: o documentário Crazywise

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Preparamos mais um encontro especial para os membros da Comunidade Phaneros 2022. Esta semana assistiremos e debateremos os assuntos trazidos pelo documentário Crazywise, de 2017, dirigido por Phil Borges e Kevin Tomlinson.

O longa-metragem foca em uma discussão importante no campo da saúde mental: o que significa, afinal, ter uma mente que funciona de maneira fora do convencional? Nas sociedades ocidentais, é comum que pessoas com cérebros que apresentam certas características específicas, fora do padrão esperado, acabem caindo nas categorias dos chamados “transtornos mentais”, como depressivos, ansiosos, traumatizados etc. 

Isso, porém, não é verdade em todas as culturas. Em muitas sociedades, surtos psicóticos, por exemplo, são vistos como um portal de entrada para saberes xamânicos. É comum que pessoas que relatam ter visões ou que ouvem vozes sejam consideradas líderes espirituais, pela capacidade de detectar informações que não necessariamente estão evidentes. Será que esse conhecimento deve ser completamente descartado?

Os diretores de Crazywise focam no caso de dois jovens americanos diagnosticados com “doenças mentais”. Adam, de 27 anos, sofre dos efeitos colaterais da ingestão exagerada de remédios. Já Ekhaya, de 32 anos, passa por algumas tentativas de suicídio antes do treinamento espiritual para se tornar uma curandeira tradicional sul-africana. Será que existe uma maneira única de lidar com os desafios da mente?

É essa uma das questões que iremos debater nesta terça-feira na Comunidade. A conversa com os membros promete levantar questionamentos interessantes. Ao todo, serão 35 encontros semanais ao longo de 2022, liderados por Eduardo Schenberg, PhD em neurociência, e Thales Caldonazo, físico e psicólogo, e com visitas de alguns dos maiores especialistas do assunto no Brasil e no mundo.

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University College London e Instituto Phaneros: além da neuroimagem

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O encontro do presidente do Instituto Phaneros, Eduardo Schenberg, PhD, com representantes da universidade britânica UCL (University College London) foi frutífero. Eduardo foi à capital inglesa na semana passada para acertar os detalhes do projeto de pesquisa sendo elaborado pelas duas instituições – e voltou de lá cheio de novidades.

A principal delas diz respeito ao foco do estudo: as pesquisas em neuroimagem para observar os efeitos da psicoterapia assistida por psicodélicos (PAP) sobre o cérebro humano. Para além das imagens, Eduardo e seus colegas pretendem também estender o escopo metodológico, possivelmente incluindo análises de áudio e vídeo. A ideia é observar o discurso dos pacientes durante as experiências. Isso inclui, por exemplo, analisar os tipos de palavras utilizadas, a maneira como estruturam suas sentenças, o tom e as emoções contidas na voz. 

Outra novidade sendo debatida é a possibilidade de incluir modernos aplicativos de acompanhamento de longo prazo para os voluntários. Esse tipo de ferramenta é útil para compilar dados de comportamento, humor e emoções dos participantes por meses após as sessões de psicoterapia. O importante é que esses aplicativos – que já são usados pela UCL em outras pesquisas – garantam a confidencialidade dos dados e dos pacientes por meio de criptografia avançada.

Para que seja feita a coleta da neuroimagem no Brasil, o Instituto Phaneros também está em negociações avançadas com um importante centro de pesquisa brasileiro, com o qual também será organizado um evento conjunto, possivelmente em junho, com as verbas já concedidas pelo Global Engagement Fund da UCL.

O UNITy-Project (ou Understanding Neuroplasticity Induced by Tryptamines) da UCL anunciou a parceria com o Phaneros em 26 de janeiro de 2022 com destaque para o trabalho do Instituto e, em especial, para a carreira de Eduardo. “Eduardo Schenberg traçou um caminho acadêmico sólido na interface entre psicologia, psiquiatria e neurociências. Agora é trabalhar para a nova proposta de financiamento cobrir os vários custos destes estudos!

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Parceria entre University College London e o Instituto Phaneros

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Nesta semana, a parceria entre a prestigiosa universidade britânica UCL (University College London) e o Instituto Phaneros avança mais alguns passos. O presidente do Instituto, Eduardo Schenberg, PhD, desembarca em Londres para uma série de encontros que irão debater os detalhes do projeto de pesquisa em elaboração pelas duas instituições

O contato é com o time de neuroimagem da UCL e a ideia é poder trazer a pesquisa com esse recurso também para o Brasil. O objetivo é poder observar os efeitos da psicoterapia assistida por psicodélicos sobre o cérebro humano. O Instituto Phaneros pretende trabalhar com outro importante centro de pesquisa brasileiro neste projeto, e reuniões acontecerão esta semana

O UNITy-Project (ou Understanding Neuroplasticity Induced by Tryptamines) da UCL anunciou a parceria com o Phaneros em 26 de janeiro de 2022 com destaque para o trabalho do Instituto e, em especial, para a carreira de Eduardo. “Eduardo Schenberg traçou um caminho acadêmico sólido na interface entre psicologia, psiquiatria e neurociências. Ele tocou e participou de importantes estudos sobre os efeitos dos psicodélicos na mente e no cérebro humano, incluindo um estudo de eletroencefalografia e ayahuasca e o primeiro estudo de neuroimagem sobre os efeitos do LSD em humanos”, diz o texto.

O foco da parceria será o estudo da função cerebral de pacientes em tratamentos que utilizam Psicoterapia Assistida por Psicodélicos (ou PAP). “Ainda estamos bem no começo do processo, que promete ser interessante. Queremos analisar as neuroimagens de pacientes antes e depois de terem participado de sessões de Psicoterapia Assistida por Psicodélicos”, explica Eduardo. 

O UNITy vai usar ressonância magnética para visualizar o cérebro humano durante experiências com dimetiltriptamina (DMT), talvez na maior amostra jamais realizada. A ideia é avaliar em seguida as mudanças nas redes cerebrais, na cognição, no comportamento e no bem-estar dos participantes. A parceria com o Brasil vai expandir os dados do University College London para outras substâncias e dados de pacientes de diversos transtornos a serem tratados no Brasil. 

 

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Esta semana na FoPAP: refinando as playlists

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Esta semana, a turma da Formação em Pesquisa com Psicoterapia Assistida por Psicodélicos (FoPAP) dará continuidade à atividade iniciada no encontro da semana passada: a criação de uma playlist para acompanhar uma sessão de Psicoterapia Assistida por psicodélicos. 

Na aula desta quinta-feira, 24/03, Eduardo Schenberg, PhD, neurocientista, e Thales Caldonazo, físico e psicólogo, vão receber os trabalhos iniciais dos alunos, que serão então ouvidos e discutidos em grupo. A ideia é que a própria turma pondere e sugira melhorias ao trabalho, em uma construção coletiva. O objetivo é que cada participante termine o módulo de música com uma playlist de 8 horas finalizada.

Saber calibrar a ordem e a intensidade das músicas para que conversem com o ponto da experiência psicodélica é o desafio encontrado na hora de desenvolver playlists para esse fim. 

A música é parte crucial de uma sessão de PAP – tanto que alguns especialistas a chamam de “o terapeuta oculto” da ciência psicodélica. 

A trilha sonora pode influenciar o clima da experiência, estimular memórias nos pacientes e até mesmo ter impactos sobre a eficácia dos tratamentos. No geral, preza-se que a trilha sonora seja mais ou menos uniforme para todos os participantes de uma pesquisa, embora os pacientes possam pedir para incluir músicas que sejam relevantes para o seu desenvolvimento como pessoa ou que tenham marcado momentos de suas vidas.

A FoPAP oferecerá, ao longo de 18 a 24 meses, atividades individuais e em grupo, online e presenciais, incluindo aulas teóricas, apresentação de casos clínicos, role-play, leituras e produção de material intelectual reflexivo sobre aspectos teóricos e práticos da Psicoterapia Assistida por Psicodélicos. O objetivo é capacitar profissionais de saúde que participarão de estudos clínicos e colaborarão com pesquisas científicas sobre o assunto.

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Esta semana na Comunidade Phaneros: as eficácias dos psicodélicos

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A nossa Comunidade Phaneros 2022 segue a todo vapor! Depois do encontro da semana passada, focado na discussão de um artigo científico produzido na Universidade Yale sobre a neurociência dos psicodélicos, hoje o grupo recebe a sua primeira convidada internacional do ano: Katherine Hendy, da Universidade do Michigan, EUA.

Katherine é doutora em antropologia cultural, especializada em antropologia médica. Sua pesquisa está voltada em estudar os próprios cientistas, além da política de pesquisas clínicas.  No seu doutorado, por exemplo, ela observou médicos e terapeutas que desenvolveram pesquisas e tratamentos com MDMA – o trabalho de campo foi feito dentro dos nossos colaboradores da @mapsnews. Em um artigo recente, ela argumenta que a eficácia dos psicodélicos acontece em dois níveis: no químico/biológico e no self/psicológico.

A americana tem também um trabalho importante sobre placebos – e na dificuldade existente em desenvolver substâncias placebo que possam ser ministradas a participantes de pesquisas psicodélicas. No estudo de novos fármacos, é comum que cientistas adotem o método do teste duplo cego, no qual pacientes podem receber o princípio ativo sendo estudado ou um placebo – e nem eles, nem os pesquisadores sabem quais dos dois eles ingeriram. Placebos para psicodélicos, porém, são quase impossíveis de se encontrar, graças aos efeitos psicoativos dessas substâncias – daí o desafio da pesquisa nessa área. 

A conversa com os membros da Comunidade promete levantar questionamentos interessantes. Ao todo, serão 35 encontros semanais ao longo de 2022, liderado por Schenberg e Thales Caldonazo, físico e psicólogo, e com visitas de alguns dos maiores especialistas do assunto no Brasil e no mundo. Neles, serão discutidos artigos científicos, filmes, livros e documentários sobre o universo dos psicodélicos e suas aplicações para a saúde mental.

 

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O lucrativo mundo da revolução psicodélica

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Estudos mostraram que MDMA é capaz de curar dois terços dos casos graves de estresse pós-traumático. Outro indicou que a psilocibina – o princípio ativo dos cogumelos mágicos – é tão eficiente em tratar depressão quanto o escitalopram, um dos antidepressivos clássicos mais populares que existem. Com tantos resultados positivos, não é de se espantar que a propaganda e venda de remédios à base dessas substâncias tenha se tornado uma lucrativa – e predatória – indústria.

Esse foi o tema da reportagem de capa da revista americana The Nation, de março de 2022, para a qual o presidente do Instituto Phaneros, Eduardo Schenberg, PhD, concedeu uma entrevista. A matéria ressalta como o mundo dos psicodélicos pode estar se afastando de suas origens tradicionais indígenas e de sua trajetória contrarrevolucionária dos anos 1960, para ser sugada pelo universo das startups e da lógica capitalista.

Atualmente, existem mais de 50 empresas de capital aberto que desenvolvem e ministram componentes psicodélicos nos EUA – três delas com um valor de mercado de mais de US$ 1 bilhão. Estima-se que a indústria cresça em ritmo alucinante nos próximos anos: em 2020, ela movimentou US$ 2 bilhões, e a projeção para 2027 é de US$ 10,8 bilhões. A aposta das empresas é conseguir patentear drogas psicodélicas derivadas das substâncias naturais, que depois possam ser comercializadas pagando direitos autorais. “Para essas empresas, é normal tentar bloquear competidores com patentes agressivas. É assim que elas operam”, disse Eduardo, que tem artigos publicados criticando o abuso de patentes, tanto da psilocibina quanto da ayahuasca

Os próprios diretores dessas empresas não estão necessariamente envolvidos na causa psicodélica. A revista cita o caso de Peter Thiel, acionista da Compazz Pathways. Thiel é cofundador do PayPal e da firma de análise de dados Palantir – que presta serviço para a Agência de Segurança Nacional americana, ajudando-a a vigiar a população e a localizar imigrantes ilegais que seriam separados de seus filhos na fronteira EUA-México. Infelizmente, na nova revolução psicodélica, quem anda ditando o ritmo, para variar, é o lucro.

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Esta semana na FoPAP: Música, por favor!

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A primeira turma da nossa Formação em Pesquisa com Psicoterapia Assistida por Psicodélicos (FoPAP) já está avançando a pleno vapor. Esta semana, os alunos começarão a desenvolver um trabalho sobre uma questão essencial dentro das PAPs: a música.

Na aula desta quinta-feira, 17/03, Eduardo Schenberg, PhD, neurocientista, e Thales Caldonazo, físico e psicólogo, darão o pontapé inicial para que cada aluno desenvolva uma playlist que possa ser usada para auxiliar uma sessão de PAP. A atividade se estenderá por três aulas, e a ideia é que os alunos terminem os encontros com uma playlist de 7 horas finalizada, que será construída coletivamente, com os comentários e sugestões dos colegas.

Serão discutidos que tipos de músicas são mais adequadas para estimular uma experiência psicodélica favorável para a terapia – assim como as menos indicadas. Saber calibrar a ordem e a intensidade das músicas para que conversem com o ponto da experiência psicodélica é outro desafio encontrado na hora de desenvolver playlists para esse fim. Os diretores irão explicar também quais os melhores equipamentos de som para o momento.

A música é parte crucial de uma sessão de PAP – tanto que alguns especialistas a chamam de “o terapeuta oculto” da ciência psicodélica. A trilha sonora pode influenciar o clima da experiência, estimular memórias nos pacientes e até mesmo ter impactos sobre a eficácia dos tratamentos. No geral, preza-se que a trilha sonora seja mais ou menos uniforme para todos os participantes, embora os pacientes possam pedir para incluir músicas que sejam relevantes para o seu desenvolvimento como pessoa ou que tenham marcado momentos de suas vidas.

A FoPAP oferecerá, ao longo de 18 meses, atividades individuais e em grupo, online e presenciais, incluindo aulas teóricas, apresentação de casos clínicos, role-play, leituras e produção de material intelectual reflexivo sobre aspectos teóricos e práticos da Psicoterapia Assistida por Psicodélicos. O objetivo é capacitar profissionais de saúde que participarão de estudos clínicos e colaborarão com pesquisas científicas sobre o assunto.

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Esta semana na Comunidade Phaneros: o que são, afinal, os psicodélicos?

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Depois do pontapé inaugural da nossa Comunidade Phaneros 2022, no início de março, começamos esta semana com a leitura e discussão de conteúdos. Nesta terça-feira, a discussão será liderada por Eduardo Schenberg, neurocientista e presidente do instituto.

O foco será o artigo científico “Psychedelics”, publicado em janeiro de 2022, por Benjamin Kelmendi, Alfred P. Kaye, Christopher Pittenger e Alex C. Kwan, todos filiados ao departamento de psiquiatria da prestigiosa Universidade Yale, nos EUA. Na publicação, os autores fazem um breve panorama sobre a química, as características, os efeitos sobre o cérebro, as simulações em modelos animais, e o potencial terapêutico dos psicodélicos – um conteúdo crucial para o começo da caminhada que será feita ao longo de todo 2022.

“Estamos em uma encruzilhada interessante na pesquisa psicodélica. Por um lado, há enorme otimismo e entusiasmo, motivados por resultados positivos em pesquisas pequenas e cuidadosas no campo dos distúrbios de humor. Por outro lado, é preciso reconhecer que o trabalho existente até hoje ainda é preliminar e necessita de validação por estudos robustos, de diversas instituições”, escrevem os autores do artigo. 

É essa empolgação e cautela que deverá guiar a Comunidade Phaneros 2022, para que seus membros possam contribuir para um fazer científico rigoroso e responsável. Ao todo, serão 35 encontros semanais, liderado por Schenberg e Thales Caldonazo, físico e psicólogo, e com visitas de alguns dos maiores especialistas do assunto no Brasil e no mundo. Neles, serão discutidos artigos científicos, filmes, livros e documentários sobre o universo dos psicodélicos e suas aplicações para a saúde mental.

Ficou interessado em participar? Ainda dá tempo! Estamos nos últimos dias de inscrição – depois, só no ano que vem! Clique no link da bio e garanta a sua vaga!