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Parceria entre University College London e o Instituto Phaneros

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Nesta semana, a parceria entre a prestigiosa universidade britânica UCL (University College London) e o Instituto Phaneros avança mais alguns passos. O presidente do Instituto, Eduardo Schenberg, PhD, desembarca em Londres para uma série de encontros que irão debater os detalhes do projeto de pesquisa em elaboração pelas duas instituições

O contato é com o time de neuroimagem da UCL e a ideia é poder trazer a pesquisa com esse recurso também para o Brasil. O objetivo é poder observar os efeitos da psicoterapia assistida por psicodélicos sobre o cérebro humano. O Instituto Phaneros pretende trabalhar com outro importante centro de pesquisa brasileiro neste projeto, e reuniões acontecerão esta semana

O UNITy-Project (ou Understanding Neuroplasticity Induced by Tryptamines) da UCL anunciou a parceria com o Phaneros em 26 de janeiro de 2022 com destaque para o trabalho do Instituto e, em especial, para a carreira de Eduardo. “Eduardo Schenberg traçou um caminho acadêmico sólido na interface entre psicologia, psiquiatria e neurociências. Ele tocou e participou de importantes estudos sobre os efeitos dos psicodélicos na mente e no cérebro humano, incluindo um estudo de eletroencefalografia e ayahuasca e o primeiro estudo de neuroimagem sobre os efeitos do LSD em humanos”, diz o texto.

O foco da parceria será o estudo da função cerebral de pacientes em tratamentos que utilizam Psicoterapia Assistida por Psicodélicos (ou PAP). “Ainda estamos bem no começo do processo, que promete ser interessante. Queremos analisar as neuroimagens de pacientes antes e depois de terem participado de sessões de Psicoterapia Assistida por Psicodélicos”, explica Eduardo. 

O UNITy vai usar ressonância magnética para visualizar o cérebro humano durante experiências com dimetiltriptamina (DMT), talvez na maior amostra jamais realizada. A ideia é avaliar em seguida as mudanças nas redes cerebrais, na cognição, no comportamento e no bem-estar dos participantes. A parceria com o Brasil vai expandir os dados do University College London para outras substâncias e dados de pacientes de diversos transtornos a serem tratados no Brasil. 

 

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Esta semana na FoPAP: refinando as playlists

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Esta semana, a turma da Formação em Pesquisa com Psicoterapia Assistida por Psicodélicos (FoPAP) dará continuidade à atividade iniciada no encontro da semana passada: a criação de uma playlist para acompanhar uma sessão de Psicoterapia Assistida por psicodélicos. 

Na aula desta quinta-feira, 24/03, Eduardo Schenberg, PhD, neurocientista, e Thales Caldonazo, físico e psicólogo, vão receber os trabalhos iniciais dos alunos, que serão então ouvidos e discutidos em grupo. A ideia é que a própria turma pondere e sugira melhorias ao trabalho, em uma construção coletiva. O objetivo é que cada participante termine o módulo de música com uma playlist de 8 horas finalizada.

Saber calibrar a ordem e a intensidade das músicas para que conversem com o ponto da experiência psicodélica é o desafio encontrado na hora de desenvolver playlists para esse fim. 

A música é parte crucial de uma sessão de PAP – tanto que alguns especialistas a chamam de “o terapeuta oculto” da ciência psicodélica. 

A trilha sonora pode influenciar o clima da experiência, estimular memórias nos pacientes e até mesmo ter impactos sobre a eficácia dos tratamentos. No geral, preza-se que a trilha sonora seja mais ou menos uniforme para todos os participantes de uma pesquisa, embora os pacientes possam pedir para incluir músicas que sejam relevantes para o seu desenvolvimento como pessoa ou que tenham marcado momentos de suas vidas.

A FoPAP oferecerá, ao longo de 18 a 24 meses, atividades individuais e em grupo, online e presenciais, incluindo aulas teóricas, apresentação de casos clínicos, role-play, leituras e produção de material intelectual reflexivo sobre aspectos teóricos e práticos da Psicoterapia Assistida por Psicodélicos. O objetivo é capacitar profissionais de saúde que participarão de estudos clínicos e colaborarão com pesquisas científicas sobre o assunto.

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Esta semana na Comunidade Phaneros: as eficácias dos psicodélicos

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A nossa Comunidade Phaneros 2022 segue a todo vapor! Depois do encontro da semana passada, focado na discussão de um artigo científico produzido na Universidade Yale sobre a neurociência dos psicodélicos, hoje o grupo recebe a sua primeira convidada internacional do ano: Katherine Hendy, da Universidade do Michigan, EUA.

Katherine é doutora em antropologia cultural, especializada em antropologia médica. Sua pesquisa está voltada em estudar os próprios cientistas, além da política de pesquisas clínicas.  No seu doutorado, por exemplo, ela observou médicos e terapeutas que desenvolveram pesquisas e tratamentos com MDMA – o trabalho de campo foi feito dentro dos nossos colaboradores da @mapsnews. Em um artigo recente, ela argumenta que a eficácia dos psicodélicos acontece em dois níveis: no químico/biológico e no self/psicológico.

A americana tem também um trabalho importante sobre placebos – e na dificuldade existente em desenvolver substâncias placebo que possam ser ministradas a participantes de pesquisas psicodélicas. No estudo de novos fármacos, é comum que cientistas adotem o método do teste duplo cego, no qual pacientes podem receber o princípio ativo sendo estudado ou um placebo – e nem eles, nem os pesquisadores sabem quais dos dois eles ingeriram. Placebos para psicodélicos, porém, são quase impossíveis de se encontrar, graças aos efeitos psicoativos dessas substâncias – daí o desafio da pesquisa nessa área. 

A conversa com os membros da Comunidade promete levantar questionamentos interessantes. Ao todo, serão 35 encontros semanais ao longo de 2022, liderado por Schenberg e Thales Caldonazo, físico e psicólogo, e com visitas de alguns dos maiores especialistas do assunto no Brasil e no mundo. Neles, serão discutidos artigos científicos, filmes, livros e documentários sobre o universo dos psicodélicos e suas aplicações para a saúde mental.

 

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Esta semana na FoPAP: Música, por favor!

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A primeira turma da nossa Formação em Pesquisa com Psicoterapia Assistida por Psicodélicos (FoPAP) já está avançando a pleno vapor. Esta semana, os alunos começarão a desenvolver um trabalho sobre uma questão essencial dentro das PAPs: a música.

Na aula desta quinta-feira, 17/03, Eduardo Schenberg, PhD, neurocientista, e Thales Caldonazo, físico e psicólogo, darão o pontapé inicial para que cada aluno desenvolva uma playlist que possa ser usada para auxiliar uma sessão de PAP. A atividade se estenderá por três aulas, e a ideia é que os alunos terminem os encontros com uma playlist de 7 horas finalizada, que será construída coletivamente, com os comentários e sugestões dos colegas.

Serão discutidos que tipos de músicas são mais adequadas para estimular uma experiência psicodélica favorável para a terapia – assim como as menos indicadas. Saber calibrar a ordem e a intensidade das músicas para que conversem com o ponto da experiência psicodélica é outro desafio encontrado na hora de desenvolver playlists para esse fim. Os diretores irão explicar também quais os melhores equipamentos de som para o momento.

A música é parte crucial de uma sessão de PAP – tanto que alguns especialistas a chamam de “o terapeuta oculto” da ciência psicodélica. A trilha sonora pode influenciar o clima da experiência, estimular memórias nos pacientes e até mesmo ter impactos sobre a eficácia dos tratamentos. No geral, preza-se que a trilha sonora seja mais ou menos uniforme para todos os participantes, embora os pacientes possam pedir para incluir músicas que sejam relevantes para o seu desenvolvimento como pessoa ou que tenham marcado momentos de suas vidas.

A FoPAP oferecerá, ao longo de 18 meses, atividades individuais e em grupo, online e presenciais, incluindo aulas teóricas, apresentação de casos clínicos, role-play, leituras e produção de material intelectual reflexivo sobre aspectos teóricos e práticos da Psicoterapia Assistida por Psicodélicos. O objetivo é capacitar profissionais de saúde que participarão de estudos clínicos e colaborarão com pesquisas científicas sobre o assunto.

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Esta semana na Comunidade Phaneros: o que são, afinal, os psicodélicos?

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Depois do pontapé inaugural da nossa Comunidade Phaneros 2022, no início de março, começamos esta semana com a leitura e discussão de conteúdos. Nesta terça-feira, a discussão será liderada por Eduardo Schenberg, neurocientista e presidente do instituto.

O foco será o artigo científico “Psychedelics”, publicado em janeiro de 2022, por Benjamin Kelmendi, Alfred P. Kaye, Christopher Pittenger e Alex C. Kwan, todos filiados ao departamento de psiquiatria da prestigiosa Universidade Yale, nos EUA. Na publicação, os autores fazem um breve panorama sobre a química, as características, os efeitos sobre o cérebro, as simulações em modelos animais, e o potencial terapêutico dos psicodélicos – um conteúdo crucial para o começo da caminhada que será feita ao longo de todo 2022.

“Estamos em uma encruzilhada interessante na pesquisa psicodélica. Por um lado, há enorme otimismo e entusiasmo, motivados por resultados positivos em pesquisas pequenas e cuidadosas no campo dos distúrbios de humor. Por outro lado, é preciso reconhecer que o trabalho existente até hoje ainda é preliminar e necessita de validação por estudos robustos, de diversas instituições”, escrevem os autores do artigo. 

É essa empolgação e cautela que deverá guiar a Comunidade Phaneros 2022, para que seus membros possam contribuir para um fazer científico rigoroso e responsável. Ao todo, serão 35 encontros semanais, liderado por Schenberg e Thales Caldonazo, físico e psicólogo, e com visitas de alguns dos maiores especialistas do assunto no Brasil e no mundo. Neles, serão discutidos artigos científicos, filmes, livros e documentários sobre o universo dos psicodélicos e suas aplicações para a saúde mental.

Ficou interessado em participar? Ainda dá tempo! Estamos nos últimos dias de inscrição – depois, só no ano que vem! Clique no link da bio e garanta a sua vaga!

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A um passo da Psicoterapia Assistida por MDMA para tratar traumas

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Um extenso artigo da revista Scientific American publicada em fevereiro de 2022 se debruçou sobre o longo caminho já traçado pela pesquisa científica com MDMA para tratar casos graves de estresse pós-traumático. Assinado por Jennifer M. Mitchell, professora do departamento de neurologia e psiquiatria da Universidade da Califórnia, o texto traz informações surpreendentes sobre os bastidores da pesquisa clínica em Fase 3 conduzida pelos nossos parceiros da @mapsnews, que foi a primeira do seu tipo a provar a eficácia a Psicoterapia Assistida por MDMA para tratar – e até curar! – o trauma grave de seus participantes.

Jennifer relembra as principais dificuldades para conduzir a pesquisa, da aprovação pelo FDA (a agência regulatória de saúde dos EUA) ao financiamento da pesquisa que, em algumas fases, se utilizou até de crowdfunding para ficar em pé. Por se tratar de uma droga ilegal, os pesquisadores também enfrentaram o desafio de encontrar um laboratório que produzisse de maneira confiável a substância – que costuma grudar em todo tipo de outros elementos – , sem contaminações.

Outro fator interessante dos bastidores se deu durante a seleção dos voluntários. Inicialmente, foram entrevistadas 1331 pessoas, que acabaram sendo eliminadas em subsequentes processos seletivos até sobrarem os 91 participantes aptos ao sorteio – metade receberia os psicodélicos e a outra metade, placebo. A todos foi explicado que, pela natureza dos efeitos alucinógenos do MDMA, dificilmente haveria confusão sobre se eles receberam a substância ou um placebo. Ainda assim, alguns do grupo do placebo juraram ter tomado o psicodélicos. 

Mas o que realmente surpreendeu foi a contundência dos resultados positivos. Depois de 18 semanas de tratamento e diversas sessões de psicoterapia, o estudo de Fase 3 concluiu que 67% das pessoas que ingeriram MDMA haviam se curado do estresse pós-traumático – contra 32% do grupo de controle. Outros 33% estavam em remissão dos sintomas. É nesses dados que Jennifer se agarra para ser otimista – e esperar ver em breve a primeira substância psicodélica ser aprovada como um medicamento regular.

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University College London aprova verba para parceria com o Instituto Phaneros

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Acabou de ser aprovado na prestigiosa universidade britânica UCL (University College London) um projeto de financiamento de pesquisa em neuroimagem com psicodélicos. 

O UNITy-Project (ou Understanding Neuroplasticity Induced by Tryptamines) anunciou o resultado em 26 de janeiro de 2022 com destaque para o trabalho do Instituto e, em especial, para a carreira acadêmica de seu diretor, Eduardo Schenberg, PhD. “Eduardo Schenberg traçou um caminho acadêmico sólido na interface entre psicologia, psiquiatria e neurociências. Ele tocou e participou de importantes estudos sobre os efeitos dos psicodélicos na mente e no cérebro humano, incluindo um estudo de eletroencefalografia e ayahuasca e o primeiro estudo de neuroimagem sobre os efeitos do LSD em humanos”, diz o texto.

O foco da parceria será o estudo da função cerebral de pacientes em tratamentos que utilizam Psicoterapia Assistida por Psicodélicos (ou PAP). “Ainda estamos bem no começo do processo, que promete ser interessante. Queremos analisar as neuroimagens de pacientes antes e depois de terem participado de sessões de Psicoterapia Assistida por Psicodélicos. Agora, com a verba inicial aprovada, vamos trabalhar para desenvolver detalhes desta parceria, que levará alguns anos para ser implementada e executada em ambos os países”, explica Eduardo. 

O UNITy vai usar ressonância magnética para visualizar o cérebro humano durante experiências com dimetiltriptamina (DMT), talvez na maior amostra jamais realizada. A ideia é avaliar em seguida as mudanças nas redes cerebrais, na cognição, no comportamento e no bem-estar dos participantes. A parceria com o Brasil vai expandir os dados do UNITy para outras substâncias e dados de pacientes de diversos transtornos a serem tratados no Brasil. 

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Novo artigo de Eduardo Schenberg debate direitos indígenas na Renascença Psicodélica

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Acaba de ser publicado na revista Transcultural Psychiatry um novo artigo do diretor do Instituto Phaneros, Eduardo Schenberg, juntamente com o advogado Konstantin Gerber. “Superando as injustiças epistêmicas no estudo biomédico da ayahuasca: rumo a uma regulamentação ética e sustentável” discorre sobre um aspecto ainda pouco explorado na Revolução Psicodélica: o valor dos conhecimentos indígenas, que usam psicodélicos há milhares de anos, sobre o desenvolvimento de pesquisas, remédios e tratamentos com essas substâncias.

As tais “injustiças epistêmicas” dizem respeito à maneira como cientistas costumam tratar os povos tradicionais: como se não fossem capazes de criar e compartilhar conhecimentos válidos. Será que o conhecimento só pode ser alcançado por meio de testes duplo cegos, teorias moleculares e avaliações estatísticas de segurança? Tudo o que os povos indígenas brasileiros, peruanos e colombianos – que utilizam a ayahuasca em seus rituais e como plantas de cura – sabem sobre o chá alucinógeno deve ser jogado fora?

O artigo também propõe que novas regulações relativas à ayahuasca passem pelo consentimento e controle das sociedades indígenas. Isso é especialmente importante para evitar, por exemplo, que grandes farmacêuticas internacionais consigam isolar e patentear alguma molécula da ayahuasca a fim de lucrar com ela. 

Segundo a Convenção Sobre a Diversidade Biológica das Nações Unidas, em casos assim, os povos tradicionais também devem ser recompensados com o lucro oriundo dos novos tratamentos. No caso da ayahuasca isso se torna ainda mais evidente uma vez que o chá é elaborado a partir de uma mistura de plantas originárias da Amazônia. Quem foi, afinal, que teve a ideia para essa receita e continuamente ensina o mundo inteiro a prepará-la e usá-la?

“Povos indígenas têm o direito de manter, controlar, proteger e desenvolver sua herança biocultural, seu conhecimento tradicional e suas expressões culturais, incluindo práticas médicas”, escreveram Eduardo e Konstantin, ambos doutores por renomadas universidades brasileiras, o primeiro em neurociência e o segundo em direito.

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Mapeada a estrutura cristalográfica da psilocibina

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A psilocibina é uma substância encontrada naturalmente em cogumelos de diversas espécies, mas, graças a suas propriedades psicodélicas, ela também vem sendo fabricada em laboratório desde 1959. Em 2020, uma empresa americana chamada Compass Pathways conseguiu patentear uma variedade da psilocibina que chamaram de Polimorfo A. A aprovação da patente causou polêmica, com especialistas apontando que a substância não era de fato nova, mas sim, uma amálgama de estruturas já existentes, e que ela estaria tentando lucrar com algo que é usado há décadas e de domínio público.

Até hoje, porém, não se conhecia exatamente a estrutura cristalográfica (a forma como os átomos e moléculas se arranjam em cristais) dessa substância. Mas agora uma nova pesquisa, publicada no Acta Crystallographica Section C: Structural Chemistry (IUCr) e liderada por Alexander Sherwood e Robert B. Kargbo, promete jogar uma luz sobre esse mistério. Pela primeira vez, foi possível mapear a estrutura do princípio ativo dos chamados cogumelos mágicos.

Os cientistas descobriram que a produção de psilocibina em laboratório gera três organizações cristalinas (chamadas polimorfos) mais preponderantes. De acordo com o artigo, essas três variedades têm um alto grau de inevitabilidade e um longo histórico de ocorrência. Ou seja, se você quiser fabricar psilocibina, é quase certo que vai obter uma dessas três estruturas. 

O novo artigo mostra que a patente concedida ao chamado Polimorfo A pode ser questionada, pois se trata de duas estruturas cristalográficas comuns – 81% de uma e 19% de outra. Ambas são usadas e fabricadas há décadas.

Com base nisso, a ONG Freedom to Operate entrou com uma queixa formal no Departamento de Patentes do Governo dos EUA contra a Compass Pathways, e o caso pode seguir para a justiça. Agora resta aguardar para saber o desenrolar dessa história, que definirá, em grande parte, se o futuro da psilocibina ficará na mão de uma única empresa ou se a substância continuará sendo patrimônio cultural da humanidade – o que faz mais sentido, dada a história de uso ancestral por povos indígenas, principalmente do México.

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Comunidade Phaneros: um ano para se guardar na memória

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Com o fim do ano, encerra-se também um grande ciclo de aprendizados na Comunidade Phaneros (CP). Com mais de 400 participantes e aulas que se estenderam ao longo dos dois semestres, podemos dizer com orgulho: 2021 foi um período de discussão e debate riquíssimo para todos que estiveram presentes.

A Comunidade se mostrou uma oportunidade única de aproximar profissionais da área da saúde do Brasil a alguns dos principais pesquisadores de psicodélicos do mundo. Entre os convidados estavam nomes nacionais e internacionais, como a Dra. Elizabeth Nielsen, psicóloga e co-fundadora da Fluence, um dos mais importantes centros de pesquisa de psicodélicos do mundo, e Marcela Ot’alora, psicóloga da @mapsnews, centro de pesquisa de referência, e nossos principais parceiros nos EUA. 

Já em dezembro foi a vez da antropóloga médica Katherine Hendy, da Universidade de Michigan, conversar com os participantes da CP. Tanto Elizabeth, quanto Marcela e Katherine, são pioneiras nos estudos clínicos de MDMA para tratar o transtorno de estresse pós-traumático. Entre os convidados nacionais, vale também destacar a presença da Dra. Nicole Leite Galvão-Coelho, professora adjunta do Departamento de Fisiologia e Comportamento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Ela apresentou as pesquisas que vem conduzindo com ayahuasca e tratamentos complementares, como terapias de corpo-mente.

Outro ponto central da Comunidade Phaneros foi o estudo das múltiplas abordagens terapêuticas e suas possibilidades de interação com os tratamentos psicodélicos. Gestalt Terapia, esquizoanálise, psicanálises, terapias comportamentais, Jung, Reich: todas marcaram presença nos debates, com o auxílio de especialistas em cada área.

A Comunidade Phaneros é um grupo de discussão com centenas de profissionais que se reúne semanalmente para conversar sobre temas relacionados aos psicodélicos. Além de receber convidados exclusivos, são debatidos no grupo artigos científicos, documentários e livros. No ano que vem, iniciaremos uma nova turma, então fique ligado e não perca o período de inscrição!